Artigo Original: <br>Avaliação da ação antiofídica do especiosídeo isolado de Tabebuia aurea em camundongos injetados com o veneno de Bothrops moojeni. PECIBES, 47-53, 2017.
Resumo
As serpentes do gênero Bothrops são responsáveis por cerca de 90% dos acidentes ofídicos na América do Sul. A Tabebuia aurea é usada para minimizar as reações locais e seu extrato hidroetanólico mostrou atividades anti-inflamatória, anti-hemorrágica e antimiotóxica para o veneno de Bothrops neuwiedi. A partir disso, o composto majoritário dessa espécie, especiosídeo (Esp), foi isolado e sua ação antiofídica avaliada em camundongos injetados com o veneno de Bothrops moojeni (VBm). Para a determinação das atividades hemorrágica e miotóxica (Swiss machos, 18-30g) os grupos foram VBm, Esp, mistura pré-incubada VBm:Esp (1:100) e Esp após a injeção do VBm (VBm/Esp, 1:100). Os resultados (média ± E.P.M., ANOVA, Bonferroni, p<0,05) mostraram que o tratamento com Esp, VBm:Esp e VBm/Esp reduziram a concentração de hemoglobina e a liberação de creatina quinase, induzidas pelo VBm. A análise histopatológica do músculo gastrocnêmio dos animais tratados com Esp mostrou fibras preservadas, ausência de hemorragia e redução do infiltrado leucocitário. Em conclusão, o Esp possui potencial atividade antiofídica e pode ser uma alternativa complementar à soroterapia nos envenenamentos ofídicos.
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