Corpos que “não cabem”: memórias de escola nas narrativas de travestis
Resumo
O objetivo deste artigo é compreender, a partir das narrativas de travestis, como elas significam e ressignificam o próprio corpo, as relações de gênero e as experiências que remetem à sexualidade no tempo e espaço da escola. Desse modo, gênero, sexualidade e corpo são categorias problematizadas sob perspectivas teóricas dos estudos de gênero e pós-feministas. São analisadas as narrativas que trazem as experiências vividas pelas travestis na escola e dialogam com discursos institucionais sobre os seus corpos infantis e com os distintos mecanismos de segregação e normatização aos quais estes foram submetidos. A escola apresenta-se como um espaço social de tensões e, portanto, atravessado por discursos que, por um lado, trazem uma moralidade aprisionadora e, por outro, abrem brechas para o grito contra essa mordaça.
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